Religião e Política: análise dos possíveis intercâmbios e atravessamentos entre esferas supostamente antagônicas

Desde sua origem, a modernidade prenunciava a privatização do sagrado, a descentralização da religião, a secularização da cultura, o fim da tradição e do monopólio da fé, a liberdade de culto e o relativismo ético. O colapso da religião oficial tornou o Estado uma instituição secular, laica e plural...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Dantas, Bruna Suruagy do Amaral; Doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, membro da Associação Brasileira de Psicologia Política (ABPP) e professora do curso de psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo – SP, Brasil. Endereço eletrônico: brunasuruagy@gmail.com.
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Revista do Núcleo de Estudos de Religião e Sociedade (NURES). ISSN 1981-156X 2015
Materias:
Acceso en línea:http://revistas.pucsp.br/index.php/nures/article/view/22197
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-027&d=article22197oai
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Descripción
Sumario:Desde sua origem, a modernidade prenunciava a privatização do sagrado, a descentralização da religião, a secularização da cultura, o fim da tradição e do monopólio da fé, a liberdade de culto e o relativismo ético. O colapso da religião oficial tornou o Estado uma instituição secular, laica e plural, garantindo, assim, a diversidade simbólica e a liberdade de culto. A hegemonia religiosa e a universalidade moral foram fortemente contestadas em nome da laicidade estatal. Acreditava-se que, para preservar a democracia, seria imprescindível evitar o intercâmbio entre religião e política, mantendo ambos os fenômenos enraizados em seus territórios tradicionais. Contudo, nas sociedades contemporâneas, verifica-se o processo inverso: a religião e a política realizam constantes deslocamentos, que lhes permitem atravessar fronteiras permeáveis e ocupar territorialidades móveis. O breve ensaio discute as formas de articulação entre os campos religiosos e político, os desdobramentos do ingresso da religião na vida pública e, mais especificamente, as consequências para a democracia da presença dos evangélicos nas instituições políticas.