PENÉLOPE, TECELÃ DE ENGANOS
O presente artigo intenta expor uma leitura diferenciada daquela tradicional em relação à participação feminina na sociedade políade. Para tanto, a figura de Penélope,personagem essencial da obra homérica Odisseia, será analisada e servirá como exemplo de esposa cidadã da pólis grega. De acordo com...
Autor principal: | |
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Formato: | Artículo publishedVersion Artigo Avaliado pelos Pares |
Lenguaje: | Portugués |
Publicado: |
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
2014
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Materias: | |
Acceso en línea: | http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/kinesis/article/view/4490 http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-050&d=article4490oai |
Aporte de: |
Sumario: | O presente artigo intenta expor uma leitura diferenciada daquela tradicional em relação à participação feminina na sociedade políade. Para tanto, a figura de Penélope,personagem essencial da obra homérica Odisseia, será analisada e servirá como exemplo de esposa cidadã da pólis grega. De acordo com a pesquisa feita, o tecer, que contém um vínculo etimológico com a palavra “texto”, aparece, como uma possibilidade de palavra feminina, uma amplificação da voz das mulheres na antiguidade, assim como, uma forma de participação exterior ao âmbito doméstico – ambiente a que essas são usualmente ligadas. O que muitas vezes faz passar o discurso despercebido são algumas relações indiretas e, nem por isso inexistentes, de integração; há um entrelaçamento entre a pólis e o oikos, o espaço público não apenas se opõe ao privado, mas este é integrado ao domínio público, ou seja, a pólis. A figura da mulher tecelã é portanto invocada como uma forma de representação mais ativa do feminino, atrelada a imagem da aranha - da forma que foi descrita por Aristóteles -, destoante da associação que predomina em toda a documentação grega entre a mulher e a abelha. |
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